Gostaria de traçar hoje breves palavras sobre meu recente inferno: tumor testicular ou seminoma. Pois bem, diagnostiquei a lesão em setembro do ano passado e, de lá pra cá, tenho combatido o problema, com altos e baixos. Apesar de formado por células germinativas, meu seminoma migrara, em algum momento de minha vida, dos testículos para os linfonodos retroperitoneais.
Fiz três ciclos de BEP (Bleomicina, Etoposide e Cisplatina) no ano passado, com excelentes resultados. Contudo, em último exame de PET-CT, acusou-se retorno da doença por ter restado pequeno núcleo resistente ao primeiro protocolo quimioterápico. Passei, pois por laparatomia, com vistas a retirar massa necrótica e o tecido neoplásico ativo. No momento, faço novo esquema quimioterápico complementar chamado TIP (Paclitaxel, Ifosfamida e Cisplatina), com resultados muito bons até o momento.
Apesar de tratar-se de tumor altamente sensível a quimioterapia, o seminoma tem me dado um trabalhão danado. Tive de abandonar minha carreira (sou diplomata) e minha rotina deliciosa de esportes (fazia corrida de aventura, ciclismo, atletismo e canoagem) e deslocar-se constantemente para São Paulo.
Paz e saúde a todos!