terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Novidades para o combate ao câncer da próstata

Substância na urina indica câncer da próstata

Universidade da Virgínia/Divulgação
Células do tumor de próstata: doença afetou 49 mil em 2008 no Brasil

Em breve será possível detectar o grau de agressividade do câncer da
próstata por meio da simples análise da urina. A expectativa é de
cientistas norte-americanos da Faculdade de Medicina da Universidade
de Michigan. Apesar de admitirem que o diagnóstico da doença será mais
rápido, os especialistas descartam a "aposentadoria" do controverso
exame de toque retal, temido por boa parte dos homens com mais de 40
anos de idade.

Em entrevista ao Correio, o patologista Christopher Beecher - co-autor
da pesquisa publicada pela revista científica Nature - contou ter
descoberto traços do composto bioquímico sarcosina nos tecidos da
próstata e na urina. "O amionoácido sarcosina revelou anomalias
distintas, à medida que a doença progredia", explicou. A molécula, um
indicador de agressividade do câncer, permitirá aos médicos
diferenciarem a doença de processos inflamatórios que precisam de
tratamento agressivo e imediato. Os especialistas compararam amostras
de tecidos de próstatas saudáveis a tumores e metástases.

De acordo com Beecher, foram percebidas várias diferenças no nível de
sarcosina nos tecidos, refletidas na urina. "Como a sarcosina parecia
estar muito ligada à progressão do câncer, decidimos investigar mais",
revelou o médico. No estágio inicial, foram analisados 42 pacientes.
Os cientistas acabam de completar estudos de validação adicional em
centenas de voluntários. "Nossa pesquisa sugere um novo biomarcador de
diagnóstico. A análise de uma pequena molécula como a sarcosina é
provavelmente mais rápida, mais barata e mais precisa que grandes
proteínas."

Beecher acredita que o polêmico toque retal será ainda mais usado pela
ciência. "Por meio dele, temos uma melhor compreensão da saúde da
próstata", explicou. "O exame da urina seguido do toque retal
alcançará mais células." A aplicação clínica da análise de sarcosina
na urina depende de estudos de validação.Os cientistas precisam
analisar o comportamento de vários compostos adicionais presentes na
próstata e na urina. (RC)

E no Hospital Albert Einstein...

Hospital Israelita Albert Einstein pesquisa planta amazônica para criar novo medicamento contra o câncer

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) vem realizando pesquisas em seres humanos para a criação de um medicamento contra o câncer, produzido a partir de uma erva da Amazônia chamada Avelós.

Trata-se de um estudo inédito no Brasil com pesquisas de erva da flora amazônica cujo objetivo é criar uma nova opção para o tratamento do câncer. O estudo entrará na fase 2, ou seja, somente os pacientes que já estão participando das pesquisas continuarão a ser avaliados até a conclusão do trabalho. Este estudo é realizado em pessoas pela primeira vez no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), instituição com um dos mais avançados centros oncológicos da América Latina.

A planta Avelós (Euphorbia tirucalli), típica das regiões norte e nordeste do País, produz uma seiva semelhante ao látex e já foi estudada por meio da análise de sua ação em células em cultura e em animais.

A erva é utilizada na cultura popular há décadas como planta medicinal, mas sem comprovação científica como benéfica ao tratamento do câncer em humanos. Isso levou à realização de estudos laboratoriais que, de fato, comprovaram uma atividade anti-tumoral de substâncias presentes na Avelós.

“Caso os resultados iniciais sejam positivos, estudos mais aprofundados da ação da Avelós em tumores poderão revelar uma nova geração de medicamentos para o câncer”, explica dr. Auro Del Giglio, Gerente do Programa Integrado de Oncologia do Einstein e um dos coordenadores do estudo.

O novo medicamento poderá ser disponibilizado ao mercado depois de avaliada sua eficiência e grau de toxidade, o que será feito após novos estudos que comprovem sua eficácia e sua aprovação pelas instituições responsáveis.

A pesquisa é realizada por meio da parceria entre o IIEP e a PHC Pharma Consulting – empresa de consultoria e assessoria científica, especializada no segmento industrial farmacêutico.

O Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein é um dos diferenciais que conferem ao Hospital Israelita Albert Einstein a posição de liderança no setor da saúde, atuando em parceria com importantes instituições de pesquisa científica no país e no exterior, agências nacionais e internacionais de fomento e órgãos governamentais.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Anticâncer - Prevenir e vencer usando nossas defesas naturais


Gostaria, de início, de falar um pouco sobre uma obra paradigmática. Trata-se do livro Anticâncer - Prevenir e vencer usando nossas defesas naturais, (do francês, Prevenir e lutter grâce à nos défenses naturelles) do neurologista francês David Servan-Schreiber.

O livro, que se tornou um best-seller recentemente, tem como escopo entender por que a civilização ocidental contemporânea parece viver uma espécie de epidemia de câncer. Estatisticamente, há mais incidência de casos de câncer hoje que nos séculos anteriores (de maneira relativa) e a sociedade ocidental parece ser mais facilmente atingida por essa epidemia que outras (como, por exemplo, a oriental). O que Servan-Schreiber parece querer dizer é que o estilo de vida ocidental tem sido um vetor catalisador importante de incidência de casos de câncer.

Uma das razões apontadas é a alimentação. Comemos indiscriminadamente carnes vermelhas, açúcares e farinhas brancas. Segundo o autor, tais alimentos são fontes de inflamação no organismo - seja pelos picos de insulina causados ou pela gordura saturada. Além disso, ingerimos poucos alimentos ricos em Ômega-3 e pecamos naqueles com excesso de Ômega-6. O resultado de tudo isso, casado com uma vida sedentária, é a inflamação, que, segundo Schreiber, é a fonte essencial do câncer.

Alimentar-se bem é também uma atitude para manter-se são. O autor explora a potencialidade de diversos grupos de alimentos para o combate, e eventualmente a cura, do câncer. Há evidências científicas de que alguns alimentos combatem efetivamente células neoplásicas, a exemplo do chá verde, do brócolis, do espinafre, do gengibre, da cúrcuma e de tantos outros, aos quais reportarei-me oportunamente. Evidencia-se, no livro, que há um universo enorme a ser ainda explorado somente usando o poder dos alimentos, algo que parece marchar a contragosto da indústria farmacêutica.

Enfim, o livro é recomendado a todos que já tiveram experiências, como eu, de lidar com tumores. E também àqueles que desejam conhecer melhor um estilo de vida interessante e importante no combate ao câncer.

Uma palavra inicial

Bem-vindos (as) ao Observatório Anticâncer. O objetivo desse blog é difundir informações e opiniões científicas a respeito de um estilo de vida anticâncer, com foco na alimentação.

Comentários serão sempre bem aceitos sempre que respeitar o objetivo desse canal de comunicação.

Esse blog será atualizado, sempre que possível, a cada semana.